GREGOR MENDEL

Religioso  e botânico austríaco cujo nome completo era Gregor Jonhann Mendel (1822-1884). No dia 6 de janeiro de 1884 morreu o obscuro abade de um obscuro mosteiro na cidade de Brno, na Morávia. Os monges lamentaram-no, pois fora um homem bom. E muitas pessoas o tinham na conta de um grande cientista. Mas se perguntassem por que, pouco saberiam responder. Para ciência oficial, o abade Mendel era um desconhecido. Sua obra sobre hereditariedade cobria-se de poeira na biblioteca local, desde quando publicada em 1866, nas atas da Sociedade de Ciência Naturais. E assim ficou por 34 anos, até que em 1990, agindo independentemente, três botânicos - K. Correns, na Alemanha, E. Tcherrmak, na Áustria, e H. De Vries, na Holanda - redescobriram seu trabalho e proclamaram as leis de Mendel, desenterraram seu trabalho e proclamaram sua importância.

Johann Mendel nasceu a 22 de julho de 1822, em Heinzendorf, na parte da Silésia que então pertencia à Áustria. Na fazenda do pai costumava observar e estudar as plantas. Sua vocação científica desenvolveu-se paralela à vocação religiosa. Em 1843 entrou no Mosteiro Agostiniano de São Tomás, em Brno (então Brünn), onde foi ordenado padre com o nome de Gregório, tornou-se abade e passou o resto da vida.

Só saiu dali entre 1851 e 183, enviado à Universidade de Viena por seu superior, que queria dar ao jovem clérigo uma oportunidade de desenvolver seu interesse pela ciência. Após três anos de dedicação à física, química, biologia e matemática, voltou a província. E dividiu o tempo entre lecionar numa escola técnica e plantar ervilhas no jardim no mosteiro. Com alguns colegas de magistério, fundou em 1862 a Sociedade de Ciências Naturais. E paradoxalmente, enquanto tentava ser aprovado oficialmente como professor de Biologia - o que nunca conseguiu - Mendel fez descobertas que criaram um novo ramo dentro das ciências biológicas: a genética, ciência da hereditariedade.

Apesar da paixão de Mendel por botânica e zoologia, lá por 1868 seus deveres administrativos no convento cresceram tanto, que ele abandonou por completo o trabalho científico. Quando morreu, querelava com o governo por uma questão de tributos exigidos do convento. 

Os seus dois grandes trabalhos, hoje clássicos, são: Ensaios sobre a Hibridação das Plantas e Sobre Algumas Bastardas das Hieráceas Obtidas pela Fecundação Artificial. As leis de Mendel (ou mendelismo) são a base da moderna genética e foram estabelecidas a partir do cruzamento de ervilhas. Suas observações também o levaram à criação de dois termos que continuam sendo empregados na genética moderna: dominante e recessivo.

LEIS DE MENDEL

princípios da transmissão hereditária das características físicas. Foram formulados em 1865 pelo monge agostiniano Gregor Johann Mendel. Ao realizar experimentos com sete características diferentes de variedades puras de ervilhas, Mendel deduziu a existência de unidades hereditárias, que atualmente chamamos de genes, os quais expressam, freqüentemente, caracteres dominantes ou recessivos. Seu primeiro princípio (a lei da segregação), afirma que os genes se encontram agrupados em pares nas células somáticas e que se separam durante a formação das células sexuais (gametas femininos ou masculinos).

Seu segundo princípio (a lei da segregação independente) afirma que a atuação de um gene, para determinar uma característica física simples, não recebe influência de outras características. As leis de Mendel forneceram as bases teóricas para a genética moderna e a hereditariedade.


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