PASCAL

 

A linguagem PASCAL foi desenvolvida em 1968 pelo professor Niklaus Wirth, do Instituto de informática da ETH (Eidgenössische Technische Hochschule), em Zurique, Suíça. Sua denominaçao é uma homenagem a Blaise Pascal (1623-1662), matemático e filósofo francês que inventou a primeira calculadora mecânica.

O desejo de Wirth era dispor, para o ensino de programação, de uma nova linguagem que fosse simples, coerente e capaz de incentivar a confecção de programas claros e facilmente legíveis, favorecendo a utilização de boas técnicas de programação. Além disso, a linguagem deveria ser de fácil implementação, ou seja, os compiladores deveriam ser compactos, eficientes e econômicos. Esta última característica é que facilitou sua difusão com o surgimento dos microcomputadores, e suas qualidades desde então vêm sendo universalmente reconhecidas.

Embora não tenha sido a primeira linguagem a incorporar os conceitos da Programação Estruturada, o Pascal é considerado um marco na evolução das linguagens de programação. Tal reconhecimento é dado por suas características e por várias inovações introduzidas na sua época, tais como a criação de novos tipos, a estruturação de dados — que permite criar e manipular arranjos, registros, conjuntos e arquivos —, a alocação dinâmica de várias variáveis com o auxílio de apontadores, a declaração de identificadores para constantes, a utilização de procedimentos que lêem e escrevem campos individuais em vez de registros completos, o uso de funções e procedimentos recursivos, etc.

Uma grande vantagem da linguagem de programação PASCAL foi a padronização de um conjunto de recursos básicos conforme definidos inicialmente por Niklaus Wirth, ainda que algumas regras de sintaxe possam variar de uma implementação para outra. Isto unifica grande parte do aprendizado e facilita a transposição de programas entre diferentes equipamentos.