Vasco da Gama
O navegador português Vasco da Gama nascido em Sines, em 1469, realizou, por ordem do rei D. Manuel I, a viagem que o tornou famoso, circunavegando, pela primeira vez, a África e abrindo um novo caminho para as Índias.
Em fins da Idade Média, o Oriente possuía o encanto de um de um paraíso terrestre. De lá vinham, junto aos mais interessantes produtos exóticos, narrativas que acendiam o desejo pela aventura nos homens mais audazes. Cada Estado europeu procurava comerciar diretamente com o Oriente, para retirar dos árabes e de Veneza o predomínio nesse campo. A Espanha, por exemplo, financiara a expedição de Cristóvão Colombo.
O Rei D. João II, de Portugal, tinha outros planos: desde muito tempo concebera o projeto de alcançar as Índias navegando ao redor da África. O homem a quem confiar a empresa, havia: Vasco da Gama, um jovem que, somente com vinte anos, já conquistara sólida fama de emérito navegador, participando ao longo das costas ocidentais da África.
Somente havia pouco tempo que o supersticioso temor do mar além das "colunas de Hércules" (o hodierno estreito de Gibraltar) tinha sido superado: não se sabia, entretanto, nem quanto longa nem quanto difícil poderia ser a viagem.
Entre esses pensamento, debatia-se D. João II. Mas a morte truncou-lhe o projeto. Seu sucessor, D. Manuel I, o Venturoso, organizou a expedição.
A 8 de julho de 1497, teve início a aventura de 160 homens, sobre quatro navios; o navio almirante, São Gabriel, era comandado por Vasco da Gama; o segundo navio, o São Rafael, estava confiado ao seu irmão Paulo; Nicolau Coelho comandava o Bérrio, menor e mais leve que os outros, e Gonçalo Nunes guiava o navio subsidiário, São Miguel, para as provisões.
A viagem ao longo das costas ocidentais da África transcorreu sem incidentes e, em 22 de novembro, foi superado o cabo da Boa Esperança, após oito meses de navegação de mares desconhecidos. No dia 25 de dezembro os navegadores aportaram a uma baía (que agora se chama, exatamente, Baía de Natal) para festejar o dia da Natividade.
Em 20 de maio de 1498, os quatro navios chegaram a Calicute, na Índia. Os portugueses foram recebidos com grandes honrarias pelo Rajá Samurim que os fez sentar à sua própria mesa; mas, logo, a permanência em Calicute deixou de ser aprazível: o Rajá, por motivos desconhecidos, marcou o regresso dos viajantes par de outubro. Transcorreram mais um longo ano no mar, entre aventuras de toda sorte, e, em meados de setembro de 1499, chegaram a Lisboa. A tripulação não retornava completa: entre os desaparecidos, estava também Paulo, irmão de Vasco. Aos sobreviventes foram tributadas solenes honras; foi erigido um templo votivo, em Belém, e Vasco da Gama foi nomeado Almirante do Mar da Índia.
Três anos depois de sua volta, em 1502, o grande navegador voltou ao mar, rumo a Índia, onde efetuou ferozes represálias contra os inimigos de Portugal. Em 1513, retornou à pátria e levou vida retirada, em Évora, apesar de consideração de que gozava junto ao rei que, em 119, o nomeou Conde de Vidigueira.
O destino de Vasco da Gama não era porém o de morrer na pátria. Em 1524, o rei D. João III, visto que a situação na Índia não estava nada satisfatória, enviou-o para lá com o título de Vice-rei, junto com os filhos, Paulo e Estevão, para que acabasse com as desordens.
Em 25 de dezembro do mesmo ano, atacado por uma moléstia infecciosa, Vasco da Gama morreu, em Cochin, na Índia, na idade de 55 anos.
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Ilustres Navegadores Portugueses: Site independente dedicado aos grandes navegadores portugueses. Contém informações sobre a vida e as aventuras de exploradores como Bartolomeu Dias, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama, entre outros. http://www.geocities.com/SoHo/3808/