COBOL

 

Apesar das linguagens de alto nível serem relativamente independentes da máquina, existiam, ao longo do tempo, várias versões da mesma linguagem (por exemplo, existe o FORTRAN I, II, III e IV) e para diferentes máquinas.

Em 1959, um grupo de profissionais, sob o patrocínio do governo dos Estados Unidos da América, com representantes do governo, dos fabricantes de computadores, instituições de ensino superior e usuários, reuniram-se na Conference on Data Systems Language. Um dos objetivos desta conferência era estabelecer os padrões para o desenvolvimento de uma linguagem voltada a resolução de problemas comerciais.

Concordou-se que ela deveria ter os seguintes aspectos:

  1. Ter uma forma natural de expressar programas;
  2. ser de fácil aprendizado;
  3. possuir facilidade de auto-documentação;
  4. completamente independente do equipamento;
  5. possuir uma estrutura que permita uma evolução sem que a linguagem mude na sua essência.

Em dezembro de 1959 surgiu a primeira versão desta linguagem, que recebeu o nome de COBOL, uma sigla de Common Business Orientol Language (Linguagem Orientada para Comércio Comum).

Pode-se dizer que os objetivos desta conferência foram atingidos com pleno sucesso, pois o COBOL apresenta todas estas características.

Durante vários anos o COBOL sofreu contínuos refinamentos e padronizações, contudo, a linguagem é essencialmente a mesma.

Atualmente existe um padrão aprovado pelo ANSI (American National Standard Institute), uma instituição voltada a normas e padrões válidos para o território dos EUA, conhecido como ANS COBOL.

Esta versão é a que atualmente está implementada na maioria dos computadores do mundo todo.

Como seu próprio nome indica, o COBOL é uma linguagem voltada principalmente para problemas comerciais.

Diferentemente dos problemas científicos, os problemas comerciais não necessitam manipular fórmulas matemáticas complexas, mas necessitam manipular eficientemente arquivos extensos e de constante atualização.

Por este motivo o COBOL possui muitos recursos para a manipulação de dados de entrada e saída.

Para tornar-se autodocumentado o programa pode conter comentários que o expliquem. Além disso, o COBOL foi estruturado de forma a Ter quatro grandes divisões interrelacionadas que facilitam a identificação de setores do programa e a sua leitura.

As quatro grandes divisões são: Identification Division- Divisão de Identificação. Enviroment Division- Divisão de Equipamento. Data Division- Divisão de Dados. Procedure Division- Divisão de Procedimentos